Das terras altas e preservadas da mata atlântica que envolvem Nova Friburgo, centro-norte do estado do Rio de Janeiro, nos chega desde 1977 uma das mais apreciadas e populares cachaças: a Nega Fulô.
O nome é denso em significados.
Negra Fulô é o título de um poema modernista do fluminense Jorge de Lima.
Popularizado, batizou música, grupos musicais, casas de show e sabe-se lá quantas outras expressões da cultura brasileira.
Fulô, aqui tem o significado de “bonitinha”. Assim, Nega Fulô é substantivo da sensualidade maliciosa e da malemolência sedutora da bela mulher afro-brasileira.
Vem daí a inspiração para a garrafa de cerâmica que melhor expressa o espírito da cachaça produzida na Fazenda Soledade. Observada com atenção, lembra uma mulher de ancas fartas com os braços arqueados e a mão na cintura.
Esta garrafa apresenta uma bebida envelhecida em carvalho com aroma adocicado e sabor suave.
Em outras embalagens encontram-se também versões envelhecidas em jequitibá ou ipê.
São aguardentes estandardizadas a partir de uma cuidosa seleção de produtores que passa ainda por uma segunda destilação, rigoroso blend, repouso e filtragem, conforme bem esclarecem as informações disponíveis no site do fabricante.
São cuidados que garantem uma bebida de qualidade superior que sempre surpreende em degustações puras ou nas inúmeras combinações que se preparam nos melhores bares e restaurantes.
Nestes tempos de milícias politicamente corretas, surpreende que não tenham surgido manifestações fóbicas contra o fato de se atribuir o nome de Nega Fulô a uma legítima branquinha.
Ainda bem.
Cor: amarelo claro
Viscosidade: alta
Aroma: suavemente adocicado
Sabor: levemente alcoólico
Madeira: carvalho
Graduação: 43%
Apresentação: garrafas de 700 ml
http://www.fazendasoledade.com.br/
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